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Sempre Um Filme – críticas e comentários sobre a Sétima Arte

Sempre Um Filme – críticas e comentários sobre a Sétima Arte

Arquivos da Tag: Pablo Larraín

Crítica: No

07 segunda-feira jan 2013

Posted by Adriano Garrett in Críticas, Mostra de São Paulo

≈ 2 Comentários

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Chile, crítica No, ditadura, ditadura chilena, Gael Garcia Bernal, No, Pablo Larraín, Pinochet, Plebiscito 1988

NoA força do Cinema como veículo de comunicação de massa para propagação de ideias políticas foi identificada e explorada maciçamente pelo ministro da Propaganda do governo nazista, Joseph Goebbels, durante um dos períodos mais sombrios da humanidade. Desde então, a imagem em movimento – seja ela produzida para TV ou para cinema – passou a ser usada por governantes para a construção de uma outra imagem, esta formada pela percepção da população sobre determinada pessoa ou assunto.

Em No, novo filme de Pablo Larraín, estes dois tipos de imagens centralizam as principais discussões da narrativa, que tem como cenário os preparativos para o plebiscito ocorrido em 1988, no Chile, que decidiu se o ditador Augusto Pinochet permaneceria no poder por mais oito anos. Esta preocupação do diretor pode ser notada visualmente já na escolha por realizar toda a produção com câmeras U-Matic, as mesmas que eram utilizadas nas campanhas publicitárias da época. Embora arriscada, pois reduz muito a definição das gravações, a opção se mostrou acertada por trazer um ar documental à produção, já que imagens de arquivo e de ficção passam a parecer uma coisa só, facilitando a imersão do espectador na história.

Não só a forma, mas principalmente o conteúdo do filme traz essa discussão imagética à tona, a começar pela escolha da profissão do protagonista René Saavedra (Gael Garcia Bernal). Atuando como publicitário em uma requisitada agência de Santiago, ele é convidado a fazer parte da equipe que formulará a campanha do Não à continuidade de Pinochet no poder, e passa a utilizar a mesma lógica com a qual promovia refrigerantes para tentar tornar mais “vendável” aos eleitores o voto contra as pretensões do ditador.

Em governos autoritários, embora a repressão seja um dos pilares constitutivos, o controle dos veículos de comunicação é fundamental para transmitir uma boa imagem à população, já que o apoio de ao menos parte dela é um importante elemento de sustentação no poder. Pinochet, como bom aluno de Goebbels, utilizava as redes de televisão para promover a si e ao seu governo. Assim, além de tentar desconstruir a imagem propagada tantos anos pelo ditador, a campanha do Não deveria mostrar, nas suas poucas inserções de 15 minutos na TV, que a vida do povo chileno seria melhor, ou ao menos que não pioraria, sem a ditadura militar.

Acontece que, para buscar esse objetivo, vários caminhos eram possíveis. Grande parte dos militantes anti-Pinochet não acreditava na transparência do plebiscito e via na campanha uma oportunidade para conscientizar a população sobre os crimes cometidos durante a ditadura. Já René, mesmo sendo ex-exilado e filho de pai militante, prefere colocar em primeiro plano os ensinamentos trazidos da sua profissão, o que cria um conflito com os idealizadores da campanha.

Com o segundo caminho aos poucos levando vantagem sobre o primeiro, o que ocorre é uma tendência crescente ao esvaziamento do discurso político e ao crescimento da importância do marketing e de todos os seus recursos: identificação do público-alvo (jovens e idosos com propensos à abstenção) e de seus respectivos anseios (“não podemos criar mais medo”), uso de linguagem publicitária (com jingles e slogans), realização de pesquisas qualitativas com eleitores/consumidores para definir o rumo da campanha, etc.

O interessante é que, para dar uma resposta aos adversários, os partidários de Pinochet utilizam (ou ao menos tentam utilizar) os mesmos recursos publicitários, buscando transmitir uma imagem mais atraente de Pinochet – que passa a usar trajes civis – e chegando a parodiar, sem nenhum disfarce, as inserções televisivas dos oponentes. Assim, cria-se um círculo vicioso no qual a disputa ideológica aparece como pano de fundo de uma batalha que visa construir e desconstruir as imagens criadas nas campanhas publicitárias – fato que, nos dias de hoje, acontece regularmente nas eleições brasileiras e na maior parte do mundo.

Esta despolitização da política é a principal questão levantada pelo filme de Pablo Larraín. Quando tudo se torna um produto publicitário a ser vendido, incluindo-se aí a democracia, não se abre uma brecha para que uma nova forma de governo, se bem promovida, suplante o atual modelo? Afinal, é muito mais fácil convencer uma pessoa a trocar de produto do que a rever suas convicções ideológicas.

Trazendo reflexões como essa, No se torna um filme/produto mais vendável por causa do humor proveniente do estranhamento com as imagens de época e também devido à escalação de um ator competente e conhecido no papel principal. Juntando esses elementos, a produção de Pablo Larraín entra no rol dos melhores longas-metragens lançados comercialmente no Brasil em 2012.

Nota: 8,0/10

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Balanço da (minha) 36ª Mostra de São Paulo

10 sábado nov 2012

Posted by Adriano Garrett in Comentários, Mostra de São Paulo

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Tabu, melhor filme da Mostra de São Paulo na minha opinião

O bom documentário Francisco Brennand, assistido na última quarta-feira, pôs fim a uma maratona de três semanas na qual pude assistir a mais de 50 entre os cerca de 350 filmes presentes na programação da 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Como é natural se esperar de um evento de tão grande porte, vi filmes de todos os tipos: péssimos (A Voz da Primavera), ruins (Chamada a Cobrar), bons (A Feiticeira da Guerra) e ótimos (Além das Montanhas). No entanto, prefiro falar aqui apenas das produções do último tipo, pois são elas que fazem da Mostra o evento mais importante de cinema no País.

No ano passado, após assistir a Era Uma Vez na Anatólia, de Nuri Bilge Ceylan, saí da sessão com a certeza de que tinha visto o melhor filme daquele evento, fato que se confirmou posteriormente. Nesse ano, o mesmo ocorreu com Tabu, de Miguel Gomes, produção portuguesa que consegue aliar o apuro estético com um surpreendente exercício narrativo e de gênero.

Para minha sorte, a programação da Mostra trouxe uma retrospectiva precoce de todos os filmes de Miguel Gomes (três longas, incluindo Tabu, e seis curtas-metragens), aos quais pude assistir integralmente. O curioso nesse conjunto de obra é notar o quanto Gomes aprimorou a sua linguagem cinematográfica, passando longe, para isso, de uma evolução linear, presa a qualquer tipo de convenções. No cinema do diretor, mais do que no de qualquer outro, cada filme é um filme: começando por alguns curtas descartáveis, passando pelo irregular longa de estreia (A Cara que Mereces) e pelo já ótimo e inventivo Aquele Querido Mês de Agosto e chegando à obra-prima Tabu, que coloca o português, apesar da pouca idade, no rol dos grandes diretores do cinema mundial.

Outra retrospectiva reveladora dessa Mostra foi a do russo Andrei Tarkóvski, na qual assisti a cinco de seus filmes (O Rolo Compressor e o Violinista, A Infância de Ivan, Solaris, O Espelho e O Sacrifício) além de alguns documentários sobre o diretor. Autor de um cinema contemplativo, que assim como o de Antonioni diz respeito mais a fatos internos do que externos, Tarkóvski me deixou uma ótima impressão, mas admito que algumas revisões seriam benéficas para uma melhor captação de todos os simbolismos de suas obras.

Já em relação ao cinema brasileiro, o destaque inquestionável ficou por conta de O Som ao Redor, primeiro longa-metragem do pernambucano Kleber Mendonça Filho, que já havia chamado a atenção em curtas como o excepcional Recife Frio. Tomando uma rua da capital pernambucana como microcosmo da sociedade brasileira, Kleber fez um filme ao mesmo tempo calmo e desesperador, silencioso e barulhento, que desvenda sutilmente o horror da luta de classes invisível e, mais do que isso, evita apontar soluções fáceis para apaziguar este caos.

O Som ao Redor, principal filme brasileiro do evento

Listo abaixo todos os filmes vistos na Mostra (com exceção dos curtas) junto de suas respectivas avaliações. Posteriormente, pretendo escrever críticas sobre parte das produções aqui citadas.

Tabu, de Miguel Gomes – 9,0
O Sacrifício, de Andrei Tarkóvski – 9,0
O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho – 8,5
Solaris, de Andrei Tarkóvski – 8,5
Lado a Lado, de Chris Kenneally – 8,0
Coronel Blimp – Vida e Morte, de Michael Powell e Emeric Pressburger – 8,0
O Violinista e o Rolo Compressor, de Andrei Tarkóvski – 8,0
Um Alguém Apaixonado, de Abbas Kiarostami – 8,0
No, de Pablo Larraín – 8,0
A Caça, de Thomas Vinterberg – 8,0
O Gebo e a Sombra, de Manoel de Oliveira – 8,0
Aquele Querido Mês de Agosto, de Miguel Gomes – 8,0
Reality, de Matteo Garrone – 8,0 (leia crítica aqui)
Além das Montanhas, de Cristian Mungiu – 8,0
Liv e Ingmar – Uma História de Amor, de Dheeraj Akolkar – 8,0
O Espelho, de Andrei Tarkóvski – 8,0
Nosferatu, de F. W. Murnau – 8,0
A Feiticeira da Guerra, de Kim Nguyen – 7,5
Elena, de Petra Costa – 7,5
A Infância de Ivan, de Andrei Tarkóvski – 7,5
Francisco Brennand, de Mariana Brennand Fortes – 7,5
A Copa Esquecida, de Lorenzo Garzella e Filippo Macelloni – 7,5 (leia crítica aqui)
Era Uma Vez Eu, Verônica, de Marcelo Gomes – 7,5
Bergman e Magnani: A Guerra dos Vulcões, de Francesco Patierno – 7,0
O Peso da Culpa, de Lars-Gunnar Lotz – 7,0
Hélio Oiticica, de Cesar Oiticica Filho  – 7,0
A Parte dos Anjos, de Ken Loach – 7,0
Aprés Mai, de Olivier Assayas – 7,0
O Amante da Rainha, de Nikolaj Arcel – 7,0
Cine Holliúdy, de Halder Gomes – 7,0
O Quase Homem, de Martin Lund – 7,0
Antiviral, de Brandon Cronenberg – 7,0
A Bela Que Dorme, de Marco Bellochio – 6,5
Love Is All You Need, de Susanne Bier – 6,5
A Cara Que Mereces, de Miguel Gomes – 6,5
Uma História de Amor e Fúria, de Luiz Bolognesi – 6,5
Bully, de Lee Hirsch – 6,5
Rapsódia Armênia, de Cassiana Der Haroutiounian, Cesar Gananian e Gary Gananian  – 6,5
Eu Não Faço a Menor Ideia do Que Eu Tô Fazendo Com a Minha Vida, de Matheus Souza – 6,5
Estudante, de Darezhan Omirbayev – 6,0
Ditado, de Antonio Chavarrías – 6,0
Alpes, de Yorgos Lanthimos – 6,0
La Noche de Enfrente, de Raoul Ruiz – 5,5
Imperdoável, de André Téchiné  – 5,0
Super Nada, de Rubens Rewald – 3,0
Chamada a Cobrar, de Anna Muylaert – 3,0
Voz da Primavera, de Houshang Falah Rezaei – 0,0

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20 apostas para a 36ª Mostra de São Paulo

10 quarta-feira out 2012

Posted by Adriano Garrett in Comentários, Mostra de São Paulo

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Com a sua 36ª edição agendada para ocorrer entre 19 de outubro e 1º de novembro, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo é sempre um evento que proporciona ao espectador o descobrimento de novos filmes, que na maioria das vezes nem entram em circuito comercial.

Após a divulgação das obras até aqui confirmadas pelo festival (veja todos elas aqui) selecionei 20 novas produções pelas quais me interessei por diversos motivos. Como ainda não estão no ar as sinopses de todas elas, baseei minha escolha em diversos fatores, como nas premiações recentes de festivais e nos históricos de diretores, atores, atrizes e roteiristas. Deixo claro que não vi nenhum desses filmes e faço aqui uma simples aposta nesses nomes. Vamos a eles:

Filmes brasileiros

Era uma Vez Eu, Verônica, de Marcelo Gomes
Diretor dos ótimos Cinema, Aspirinas e Urubus e Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, Marcelo Gomes conta a história de uma médica recém-formada que vive um momento de incertezas tanto em sua vida pessoal quanto profissional. Vencedor do último Festival de Brasília

O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho
Autor do ótimo curta Recife Frio, o diretor volta a usar a capital pernambucana como pano de fundo em seu primeiro longa-metragem de ficção, que recebeu o prêmio de direção em Gramado. A vida numa rua de classe-média toma um rumo inesperado após a chegada de uma milícia que oferece paz de espírito e segurança particular. A presença desses homens traz tranquilidade para uns e tensão para outros, numa comunidade que parece temer muita coisa

Uma História de Amor e Fúria, de Luiz Bolognesi
Roteirista de filmes como Bicho de Sete Cabeças e As Melhores Coisas do Mundo, Bolognesi estreia na direção de longas-metragens realizando uma animação épica que atravessa episódios marcantes da história do Brasil e projeta um futuro caótico para o País

Colegas, de Marcelo Galvão
Road movie protagonizado por três portadores de Síndrome de Down, que fogem da instituição em que estão internados e revivem cenas de filmes. Vencedor do último Festival de Gramado

A Busca, de Luciano Moura
Melhor ator brasileiro da atualidade, Wagner Moura interpreta Theo, um pai que se desespera quando seu filho de 15 anos foge de casa e parte em busca do garoto (e de si mesmo)

Chamada a Cobrar, de Anna Muylaert
Depois do interessante É Proibido Fumar, Muylaert dirige essa história sobre um falso sequestro anunciado por telefone

Elena, de Petra Costa
Premiado em Brasília neste ano com os troféus de direção, direção de arte e montagem, o filme adota recursos ficcionais para contar a história da irmã da diretora, uma atriz que tentou fazer carreira no cinema dos Estados Unidos, mas fracassou e se suicidou em Nova York

Jards, de Eryk Rocha
A vida e obra do cantor, músico e ator Jards Macalé é celebrada neste documentário dirigido por Eryk Rocha (filho de Glauber Rocha). O artista carioca cresceu rodeado de música, estudou compositores eruditos, mas sempre representou a música popular brasileira. O longa retrata um pouco do processo criativo do último álbum do autor de canções como “Vapor Barato”, “Gothan City” e “Movimento dos Barcos” e sua destreza com diversos instrumentos musicais

O que se Move, de Caetano Gotardo
Três famílias distintas estão tendo que lidar com a chegada – ou perda – de um filho, fato que causa uma mudança muito significante em suas rotinas. Prêmio de melhor atriz (Fernanda Vianna) no último Festival de Gramado

Super Nada, de Rubens Rewald
Guto (Marat Descartes) luta para se estabelecer como um artista e ter reconhecido o seu talento. Após inúmeros testes, ele finalmente é escalado para um programa semanal de Zeca (Jair Rodrigues), seu ídolo. Prêmio de melhor ator no Festival de Gramado

Filmes Estrangeiros

Reality (Itália, França), de Matteo Garrone
Luciano (Aniello Arena) é o dono de uma peixaria que faz vários bicos para manter sua família. Após fazer um teste para participar de um reality show ele se empolga com a chance de melhorar de vida. Só que o tempo passa e, sem nenhum comunicado da emissora de TV, ele fica cada vez mais paranoico. Vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes

A Bela Que Dorme (Bella Addormentata, França, Itália), de Marco Bellocchio
Mais importante diretor italiano vivo, Bellochio usa a história real de uma mulher que passou 17 anos em estado vegetativo para tratar dos dilemas da sociedade italiana atual

A Caça (Jagten, Dinamarca), de Thomas Vinterberg
Lucas (Mads Mikkelsen) trabalha em uma creche. Tudo corre bem até que, um dia, a pequena Klara (Annika Wedderkopp), de apenas cinco anos, diz à diretora da creche que Lucas lhe mostrou suas partes íntimas. A acusação logo faz com que ele seja afastado do trabalho e, mesmo sem que haja algum tipo de comprovação, seja perseguido pelos habitantes da cidade em que vive. Prêmio de melhor ator no Festival de Cannes

A Parte dos Anjos (The Angel´s Share, Reino Unido, França, Bélgica, Itália), de Ken Loach
Robbie (Paul Brannigan) escapa, por pouco, de uma sentença de prisão. Ele acaba de ter um filho com a namorada Leonie e promete que o futuro do primogênito será diferente de tudo que viveu. Durante o serviço comunitário, ele conhece pessoas que enfrentam a mesma dificuldade de encontrar emprego e descobre um dom em degustação de whisky, que pode mudar suas vidas para sempre. Vencedor do prêmio do júri do Festival de Cannes

Além Das Montanhas (Dupa Dealuri, Romênia), de Cristian Mungiu
Alina (Cristina Flutur) e Voichita (Cosmina Stratan) são grandes amigas que vivem em um monastério isolado. Alina viveu por vários anos na Alemanha e deseja voltar ao país, agora com Voichita, mas ela está feliz no convento, onde acredita ter encontrado um lar e a fé. Sem entender a amiga, Alina passa a enfrentar constantemente um padre local. Ele, por sua vez, passa a acreditar que a jovem está possuída. Prêmio de melhor atriz e melhor roteiro no Festival de Cannes

No (Chile, França, EUA), de Pablo Larraín
Protagonizado por Gael Garcia Bernal, o filme conta a história do plebiscito de 1988 que pôs fim à ditadura de 15 anos de Augusto Pinochet no governo do Chile

Na Neblina (V Tumane, Alemanha, Rússia, Letônia, Holanda , Bielorússia), de Sergei Loznitsa
Em 1942 a região da Bielorrússia está ocupada pelos alemães. Um trabalhador ferroviário é acusado injustamente de ser um colaborador e enfrenta um dilema moral para provar a sua dignidade. Prêmio da crítica no Festival de Cannes

Um Alguém Apaixonado (Like Someone In Love, França, Japão), de Abbas Kiarostami
O grande diretor iraniano, que esteve na Mostra há dois anos com o ótimo Cópia Fiel, foi ao Japão para filmar a história do relacionamento entre um idoso e uma jovem

Barbara (Alemanha), de Christian Petzold
O filme conta a história de uma médica berlinense enviada para uma pequena cidade da Alemanha Oriental como punição por ter pedido permissão para visitar o Ocidente, nos anos 80. Vencedor do prêmio de melhor direção no Festival de Berlim

Tabu (Portugal, Brasil, França), de Miguel Gomes
Uma idosa temperamental, a sua empregada cabo-verdiana e uma vizinha dedicada a causas sociais partilham o andar num prédio em Lisboa. Quando a primeira morre, as outras duas passam a conhecer um episódio do seu passado: uma história de amor e crime passada numa África de filme de aventuras. Vencedor do prêmio da crítica no último Festival de Berlim

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Método de avaliação

0 a 5 - Ruim
5,5 a 6,5 - Regular
7 a 7,5 - Bom
8 a 8,5 - Ótimo
9 a 10 - Excelente

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